PELO ANTIGO RAMAL FERROVIÁRIO ENTRE A TROFA E CARRIÇA 23/11/2013

DEPOIS DE UMA CONVERSA COM UM COLEGA DE TRABALHO MORADOR NA TROFA, COMBINÁMOS UMA VOLTA PELO ANTIGO RAMAL FERROVIÁRIO DE VIA ESTREITA QUE LIGAVA A TROFA À ESTAÇÃO DA TRINDADE. FAZENDO ESTE RAMAL PARTE DA LINHA DO MINHO.
DESTA FORMA E ACOMPANHADO PELO SÉRGIO OLIVEIRA, CONHECI E PEDALEI SOBRE MAIS UMA ANTIGA LINHA FÉRREA.
A LINHA ESTÁ TOTALMENTE ABANDONADA E COM MUITO POUCAS ESTAÇÕES E APEADEIROS...OS QUE EXISTEM ESTÃO EM DEGRADAÇÃO E COM OS RESPETIVOS NOMES TAPADOS POR TÁBUAS...
A LINHA ESTÁ AO ABANDONO MAS NÃO DEIXA DE ESTAR CICLAVEL E ATÉ EM CONDIÇÕES DE RECEBER UM PISO NOVO PARA FINS LÚDICOS E DE LAZER COMO UMA ECOVIA/CICLOVIA. HAJA VONTADE DAS ENTIDADES COMPETENTES E OBTÊM-SE UM PERCURSO SUPER INTERESSANTE ENTRE CAMPOS AGRÍCOLAS E AS POPULAÇÕES ADJACENTES À LINHA.


DEPOIS DE PARADO O CARRO NO PARQUE DE ESTACIONAMENTO DA NOVA E MODERNA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA TROFA, FOI SOMENTE ESPERAR 2 MINUTOS PELO SÉRGIO E ALAS AO ENCONTRO DA ANTIGA LINHA.
COM O ACESSO VEDADO À PONTE METÁLICO, SIMBOLICAMENTE, PARTIMOS JUNTO DA MESMA PARA A NOSSA DEMANDA PELA ANTIGA VIA FÉRREA.
O SÉRGIO ERA COMO O GUIA DA LINHA, POIS FOI ESPLÊNDIDO AO IR EXPLICANDO UM POUCO DA SUA HISTÓRIA ASSIM COMO DA SUA ENVOLVENTE.
COMEÇAMOS NA ECOVIA BEM DEBAIXO DA PONTE FERROVIÁRIA METÁLICA SOBRE O RIO AVE, E DALÍ, FORAM SOMENTE CERCA DE 1,5KM ATÉ ENTRARMOS NA LINHA, JUNTO A UMA ANTIGA PASSAGEM DE NÍVEL.
DESDE O ENTRAR NA LINHA ATÉ À ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA TROFA. A ESTAÇÃO ESTÁ FECHADA À EXCEPÇÃO DE UMA SALA NUMA DAS ALAS DA MESMA EM QUE FUNCIONA UM PEQUENO BAR DE REFORMADOS. OS CARRIS JÁ LÁ NÃO MORAM MAS, É POSSÍVEL DECIFRAR E BEM AS VÁRIAS VIAS QUE A MESMA CONTINHA. O ARMAZÉM AINDA CONTINUA INTACTO MAS FECHADO E AS COBERTURAS CENTRAIS DE PASSAGEIROS E PORÃO DE CARGA AINDA LÁ ESTÃO...O ESPAÇO É ENORME MAS ESTÁ DECADENTE E TRISTE...AO SAIR DA ESTAÇÃO, TIVEMOS DE SAIR DA LINHA DEVIDO ÁS OBRAS NO CENTRO DA CIDADE...VOLTAMOS A ENTRAR NA LINHA 200 METROS MAIS ADIANTE, JUNTO AO QUE RESTA DE UMA ANTIGA FÁBRICA DE INDÚSTRIA ALIMENTAR...
NESTA ALTURA, A LINHA APRESENTA-NOS O SEU TRAÇADO BEM DELINEADO MAS ESTÁ SUJA E CHEIA DE RESTOS DE UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS. O QUE É UMA PENA...LOGO A SEGUIR, A PRIMEIRA GRANDE RETA QUE ATRAVESSA VERDEJANTES CAMPOS AGRÍCOLAS E AS POPULAÇÕES VIZINHAS QUE SE AGLOMERAM QUASE EM CIMA DA LINHA...QUANDO PENSAVA QUE IA SER SEMPRE ASSIM, A PEDALAR SOBRE A LINHA E SEM GRANDES PROBLEMAS, EIS QUE SURGE MAIS UMA CONTRARIEDADE. QUANDO AS POPULAÇÕES SE INTROMETEM NA LINHA, EM QUE ESTA AS RASGA POR COMPLETO, O ESTADO DEGRADA-SE E FICA À MERCÊ DE ESGOTOS E DE TODO O TIPO DE LIXO...QUE PENA E QUE POBRE A MENTE DAS PESSOAS. A CUSTO E BEM PELAS BERMAS LÁ CONSEGUIMOS PASSAR.
MAIS UNS KMS À FRENTE, UMA MARCA DA ANTIGA LINHA AINDA ERA EVIDENTE, UMA CARATERÍSTICA PLACA DE INFORMAÇÃO "PARE, ESCUTE,OLHE" BEM DENTRO DA VEGETAÇÃO E LOGO A SEGUIR, ALCANÇAMOS O QUE RESTA DA ESTAÇÃO DO BOUGADO. O COMPLEXO É PEQUENO MAS NOTA-SE BEM AS DUAS LINHAS QUE A SERVIA SENDO UMA DELAS A DE CRUZAMENTO... REPAREI QUE AS INSCRIÇÕES DE BOUGADO ESTÃO TAPADAS COM TÁBUAS E AS JANELAS E PORTAS COM BLOCOS DE CIMENTO.
A LINHA CONTINUA E CONTINUA TRISTE E SOLITÁRIA...OS VERDES CAMPOS E AS HABITAÇÕES SÃO MEROS ADEREÇOS DA MESMA MAS QUE. NÃO PASSA DISSO MESMO. NO ENTANTO, CONSEGUE-SE VISLUMBRAR A PRÁTICA DE BTT SOBRE A MESMA. ISSO É BOM E POSITIVO POIS É SINAL QUE NÃO ESTÁ POSTA ASSIM TANTO AO ABANDONO...RAPIDAMENTE CHEGAMOS Á PONTE FERROVIÁRIA DE PEDRA EM MURO SOBRE A ESTRADA NACIONAL 14. NOVAMENTE E QUANDO ATRAVESSANDO POPULAÇÕES, NOTA-SE QUE HÁ LIXO DAS HABITAÇÕES NA LINHA. CRIA-SE ASSIM MAU CHEIRO E DIFICULTA A CIRCULAÇÃO...COM MUITO ESFORÇO E SACRIFÍCIO CONSEGUE-SE ULTRAPASSAR ESTES OBSTÁCULOS E RAPIDAMENTE ENTRAMOS NO COMPLEXO QUE OUTRORA SERVIA A ESTAÇÃO DE MURO. TAMBÉM ELA DEGRADADA E COM A INSCRIÇÃO DE MURO TAPADA COM TÁBUAS... JÁ POUCO RESTA NESTE COMPLEXO MAS AINDA É EVIDENTE AS MARCAS DO TRAÇADO... O TEMPO AVANÇA E NÃO PODEMOS FAZER PARAGENS PROLONGADAS...UMA ENORME RETA LEVA-NOS ATÉ AO ALTO DA CARRIÇA...CHEGADOS AO VIADUTO DA MESMA, TEMOS DE SAIR DA LINHA, POIS A LAMA É MUITA E NÃO DÁ MESMO PARA CONTINUAR...ENTRAMOS UM POUCO MAIS À FRENTE MAS, POUCOS MAIS KMS FIZEMOS UMA VEZ QUE JÁ ESTÁVAMOS A CERCA DE 150 MTS DA ESTAÇÃO DO METRO DO ISMAE... FINDA A LINHA, REGRESSAMOS POR ESTRADA ATÉ À ESTAÇÃO DA TROFA.
PARA A CONTA PESSOAL, FICA MAIS UM RAMAL PERCORRIDO. PENA É O ESTADO EM QUE SE ENCONTRA EM ALGUMAS ZONAS. SE HOUVER VONTADE POLITICA, ESTE RAMAL, DAVA UMA INTERESSANTE ECOVIA/CICLOVIA. VAMOS ACREDITAR QUE UM DIA VENHA A SER POSSÍVEL.
AO SÉRGIO, O MEU OBRIGADO POR ME TER ACOMPANHADO NESTA JORNADA :)




DA WIKIPÉDIA(FONTE)



O Decreto n.º 12.559, publicado em 27 de Outubro de 1926, considerou a Linha de Guimarães como uma das ligações prioritárias para a adaptação à tracção eléctrica.
A linha entre a Senhora da Hora e Trofa foi construída pelo empreiteiro francês André Borie, que se celebrizou pela construção da linha internacional de Tende, de Cuneo a Nice. Em finais de 1931, os trabalhos prosseguiram com grande actividade ; em 11 de Fevereiro do ano seguinte, a construção foi concluída, embora só tenham sido oficialmente terminadas com uma cerimónia no dia 15, no qual o engenheiro Eduardo Plácido, presidente do conselho de administração da Companhia do Norte, apertou o último tirefond na então estação de Bougado. A cerimónia oficial de inauguração deste troço e do Túnel da Trindade deu-se no dia 14 de Março, com a presença de várias individualidades do estado e dos caminhos de ferro, incluindo o presidente da república, Óscar Carmona, e vários embaixadores; a cerimónia começou com uma visita de comboio pelo interior do Túnel da Trindade, seguindo-se uma viagem a partir da Estação da Boavista até à Senhora da Hora, onde se fez a bênção da nova linha. Depois de vários discursos, o comboio continuou viagem, parando no Apeadeiro de Araújo, nas Estações de Estação de Barreiros e de Castelo da Maia, no Apeadeiro de Muro, numa ponte sobre a estrada de Braga, onde foi descerrada uma lápide comemorativa, nas Estações de Trofa, Santo Tirso e Caniços, terminando finalmente em Guimarães; em seguida, regressou a Porto-Boavista, concluindo a viagem inaugural. A cerimónia de inauguração foi rematada com um banquete oferecido por Eduardo Plácido no restaurante do Palácio de Cristal.
Foi, igualmente, inaugurado novo material circulante, incluindo várias locomotivas da firma alemã Henschel & Sohn e carruagens da Officine ferroviarie meridionali, de Nápoles.
A linha entre Senhora da Hora e Trofa entrou ao serviço em 15 de Março de 1932. Este troço revestia-se de uma elevada importância, uma vez que era o único elo entre as redes de via estreita de Guimarães e do Porto. As estações e apeadeiros originais deste troço foram Araújo, Barreiros, Mondim, Castelo da Maia, Muro e Bougado, e contava com serviços de passageiros, mercadorias, cães e bagagens, nos regimes de grande e pequena velocidades.

Duplicação da Linha da Póvoa e abertura até à Trindade

Porto-Trindade, antes da renovação.
Devido à abertura do novo troço até à Trofa, verificou-se um incremento no tráfego ferroviário a partir do ponto de entroncamento, na Senhora da Hora, e a cidade do Porto; desta forma, a via foi duplicada neste troço, estando esta obra já concluída em 1 de Janeiro de 1933.
Um dos principais pontos fracos da Linha da Póvoa foi o facto de ter a sua estação principal do Porto na zona da Boavista, longe do centro da cidade; com efeito, na Década de 1930, calculava-se que o tempo de viagem desde o centro até à estação da Boavista fosse semelhante ao de uma viagem de comboio com cerca de 28 quilómetros. Por outro lado, previa-se que a maior centralidade gerasse um aumento no tráfego urbano da Linha. Desta forma, começou-se a planear a construção de uma nova interface ferroviária, mais próxima do coração da urbe. Originalmente, a continuação da Linha até à Trindade tinha sido autorizada à Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão em 20 de Janeiro de 1923 , com uma garantia de juro de 9% , que foi, posteriormente, reduzida para 7,5%, pelo Decreto n.º 12988.
No entanto, devido a vários problemas, a construção deste troço foi muito atrasada , tendo as obras só tido início em 28 de Outubro de 1930. A ligação à Trindade foi inaugurada em 30 de Outubro de 1938. Este troço foi construído pelo empreiteiro espanhol Gonzalez Barros, que também trabalhou na Linha do Tâmega.

Declínio e encerramento

Em 2006, os serviços foram reduzidos nesta estação, o que levantou críticas à operadora Comboios de Portugal, e, em 2008 e 2009, os utentes reprovaram a falta de condições da estação em termos de segurança e de higiene, e os horários das bilheteiras.
Foi encerrada em 14 de Agosto de 2010, passando todos os serviços a serem realizados na nova estação da Trofa, que foi inaugurada no dia seguinte; para assinalar o término dos serviços, a autarquia da Trofa organizou, nesse dia, um serviço especial, que partiu desta estação com destino a São Romão do Coronado, passando pelo Apeadeiro de Senhora das Dores.
Em Fevereiro de 2010, foi anunciado que o edifício da Câmara Municipal da Trofa iria ser construído na zona da antiga estação ferroviária.


PARA A POSTERIDADE FICA A REPORTAGEM FOTOGRÁFICA :)

INÍCIO NA PONTE FERROVIÁRIA METÁLICA SOBRE O RIO AVE





O QUE RESTA DA LINHA À SAÍDA DA ESTAÇÃO DA TROFA EM DIREÇÃO A LOUSADO...AINDA SE PODE VER UM PONTÃO METÁLICO E UMA PASSAGEM DE NÍVEL COM GUARDA BASTANTE DEGRADADA











ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA TROFA E O POUCO QUE DELA RESTA... A DEGRADAÇÃO E O ABANDONO SÃO AS NOTAS DOMINANTES NESTA TRISTE ATUALIDADE QUE MARCA A ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

















SAÍDOS DA ÁREA DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA, VAMOS EM DIREÇÃO A BOUGADO, A PRÓXIMA PARAGEM... ATÉ LÁ, A LINHA TEM FASES EM QUE ESTÁ LIMPA E DESIMPEDIDA PARA PEDALAR E OUTRAS EM QUE ESTÁ SUJA...SUJA...SUJA...MESMO ASSIM AINDA SE VAI PASSANDO. A PAISAGEM É VERDEJANTE COM IMENSOS CAMPOS AGRÍCOLAS E AS POPULAÇÕES QUE DESDE SEMPRE CONVIVERAM LADO A LADO COM A LINHA FÉRREA









EM BOUGADO, DEPÁRO-ME COM UMA ESTAÇÃO ESQUECIDA NO TEMPO. AS SUAS INSCRIÇÕES ESTÃO TAPADAS POR TÁBUAS E TUDO O RESTO ESTÁ EM FRANCA DEGRADAÇÃO. AS TREPADEIRAS QUASE TAPAM UMA DAS FACES DO EDIFÍCIO...QUE PENA É VER ISTO E QUE UTILIDADE ISTO TERIA EM CASO DE RESTAURO...









BOUGADO FICA PARA TRÁS E NÓS, CONTINUAMOS PARA A FRENTE...O PISO ESTÁ ÓTIMO PARA BTT E O SÉRGIO ATÉ SE MOSTRA ADMIRADO COM O BOM ESTADO DA LINHA NESTA FASE DO PERCURSO... COMO SEMPRE, OS CAMPOS E AS POPULAÇÕES VÃO LADEANDO A LINHA...


























CHEGADA À PONTE FERROVIÁRIA FEITA EM PEDRA NA LOCALIDADE DE MURO...NESTA FASE PASSÁMOS SOBRA A ESTRADA NACIONAL 14...O PERCURSO CONTINUA BOM PARA BTT E A LINHA AGRADECE










NESTA FASE E ATÉ Á ESTAÇÃO DO MURO, PASSAMOS POR ALGUNS VIADUTOS PEQUENOS QUE SERVEM AS POPULAÇÕES...A LINHA CONTINUA BEM DELINEADA MAS POR VEZES, MUITO SUJA E COM MUITA LAMA... PASSAMOS POR UMA PASSAGEM DE NÍVEL TOTALMENTE DEGRADADA




















ENTRADA NA ESTAÇÃO DO MURO...UMA ESTAÇÃO DEGRADADA E TAMBÉM ELA COM AS SUAS INSCRIÇÕES TAPADAS COM TÁBUAS...NOTA-SE NO COMPLEXO QUE EXISTIAM AQUI MAIS DO QUE UMA LINHA. NO LADO EXTERIOR DA MESMA, EXISTE UMA GRANDE FAIXA A APELAR AO METRO DO PORTO... A VER VAMOS SE ELE IRÁ LÁ CHEGAR...SEGUNDO O SÉRGIO, A POPULAÇÃO DO MURO FOI A QUE MAIS PERDEU COM A EXTINÇÃO DESTE RAMAL...












DEPOIS DO MURO, MAIS DO MESMO...POPULAÇÕES E GRANDES CAMPOS AGRÍCOLAS...QUANDO CHEGAMOS AO VIADUTO DA CARRIÇA, TIVEMOS DE SAIR DA LINHA DEVIDO À MUITA LAMA E SEGUIR DURANTE CERCA DE 500 MTS PELA EN14 ATÉ VOLTARMOS A ENTRAR NOVAMENTE NA LINHA












E TERMINÁMOS AQUI A AVENTURA PELO RAMAL FERROVIÁRIO. MAIS CEM METROS E ENCONTRÁMOS A ESTAÇÃO DO METRO NO ISMAI E POR ISSO NÃO FIZEMOS O TROÇO QUE MOSTRA A FOTO SEGUINTE



UMA VEZ QUE A NOITE CAÍA A UM RITMO ACELERADO, VOLTAMOS PARA A TROFA PELA NACIONAL 14... DEPOIS DE TER PASSADO POR CIMA DA PONTE FERROVIÁRIA DO MURO, PASSAMOS AGORA DEBAIXO DELA...NA TROFA PARÁMOS NA MODERNÍSSIMA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA LINHA DO MINHO






TRACK GPS NO SEGUINTE LINK http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=5841691